terça-feira, 31 de julho de 2007

Levem seus D20 pro cine, nerdaiada!

Apenas repassando a notícia divulgada no blog do Paulo Antunes e recentemente pelo Omelete:


BEOWULF :
Hein? Cuma?? Que coisa é essa?!! Calma que o tio conta criançada...

Beowulf é um poema Saxão (povo que viveu na Europa Central durante a alta Idade Média e que mais tarde migrou para o Reino Unido com as invasões normandas) que conta a história de um famoso guerreiro Geat que é chamado para acabar com um grande mal que assola um reino próximo; uma besta conhecida como Grendel. Nessa brincadeira, o camarada enfrenta poucas e boas, tornando-se mais tarde um dos contos mais famosos da literatura inglesa e também fonte de inspiração de um coroa professor de letras em Oxford chamado J.R.R Tolkien (
nenhum pouco conhecido...). Bom acontece que a casa do Pernalonga (Warner Bros.) , junto com Robert Zemeckis, resolveram dar vida ao poema numa animação em CG de encher os olhos. Zemeckis pra quem não sabe, foi o responsável pelo longa natalino Expresso Polar (meia boca na minha opinião). Mas o que realmente se destaca é o roteiro, pois um dos caras que assina é ninguém mais, ninguém menos do que Neil Gaiman, puta roteirista responsável pelo clássico cyberpunk dos quadrinhos, Sandman !!!
O elenco é estrelado por Anthony "Hannibal" Hopkins, John Malkovich, e sem esquecer da peituda boazuda da Angelina Jolie.
Beowulf será lançado dia 16 de novembro no EUA, mas por enquanto sem previsão pra essas bandas de cá, todavia acredito que seja pra dezembro ou início de 2008.

Assistam o trailer que vale muito a pena:


Dica: Se querem saber mais ou menos como é a história, assistam "O 13 Guerreiro". Apesar de não ser lá "o épico", o filme nada mais é do que uma versão alternativa de Beowulf
(na verdade aborda a saga bem de leve) . Corrijam-me por favor, se eu estiver errado, falou?!

Errata :
Na verdade o 13º Guerreiro é sobre vickings (e um árabe) e é inspirado no livro Devoradores de Mortos. (fonte Paulo Antunes - The Firestarter)

Inté +

Mishirika Bronzeada

Férias acabando, semestre demoníaco por vir... Hora então de aproveitar os últimos dias e produzir o que puder !

Então vai mais uma ilustrinha que acabei de fazer , passo-a-passo:

1 e
2.


Arte em col eraser em A4 (fig1).
Em seguida, arte finalizei em um papel à parte com canetinha 0.1,0.2 e 0.4 (dessa vez não optei por lapiseira). Depois, digitalizei no scanner em 300 dpi.
Após digitalizar, comecei a fazer uma pré-seleção das cores básicas da ilustra (fig2).

3.


Feito isso, dei uma suavizada no desenho tirando o contorno preto e pintando com tons mais escuros retirados da própria pintura interna (fig3). A técnica é manjadíssima, mas não custa nada repetir.

4.


Em seguida (fig4), criei uma camada pra textura do trabalho (no caso eu peguei a imagem de uma folha reciclada e adicioniei por trás), converti para imagem em PB e alterei a opacidade para mesclar o desenho com as fibras do papel. Criei mais uma camada para o céu onde pus uma cor, que só depois de bem observado, realmente percebi que o tom estava escuro demais, dando a impressão de tempo nublado, quando a idéia é justamente o contrário (diacho ela tá na praia né?). Assim como o contorno alaranjado do cabelo estava tirando o ritmo da imagem. Daí resolvi por a casa em ordem...

5.

E taí a danada pronta (fig5)!
Detalhes babacas que a anta aqui só foi notar depois e quem tiver bom olho (acredito que todos) irá perceber tamém:
A perna direita tá muito mais pra baixo de sua posição correta (só ter bom senso pô, tá caidona), da mesma forma que eu podeira dar mais ênfase a um arredondamento no bumbum dando a idéia de que ela estava sentada na areia como tinha feito na outra perna...
O estilo eu misturei um cadinho de cada... foi um desenho meio que pensad
o na hora. Com erros ou não, acho que foi um trequinho legal de fazer.

Irônico fazer um desenho de Sol e mar justamente numa época em que tá todo mundo debaixo dos cobertores. Mas eu sou todo errado mesmo então fazer o que? hehehe...


Beijundas !

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Mishirikas aguadas

Coé cambada de torcedores incivilizados que vaiam qualquer estrangeiro no Pan ? Tsc tsc tsc... que pouca vergonha.... Óbvio que é provocação minha, até porque não quero perder a minha parca audiência mishirikeira. Mas convenhamos que só por aqui mesmo rolam essas palhaçadas... E ainda queremos sediar jogos Olímpicos (putz...)
Po se tiver de vaiar algum gringo que sejam os argentinos numa final da vida (pelo menos a eterna rivalidad
e com os hermanos é algo compreensível,hehehehe).

Bom vamos deixando de entretantos e chegando logo aos finalmentes:

Essa tentativa pífia de aquarelar foi nos tempos em que freqüentava o workshop (oficina, cacete.... hoje tudo é modismo) do tio Alarcão (Renato Alarcão) em seu atelier no Jd. Botânico. Pra quem não sabe, é um careca muito gente boa de óculos com armação pesada e um dos maiores ilustradores brazucas que tive a sorte de ter como professor (Cria da EBA* e SVA*). Falávamos muita merda nas aulas, fora as que rolavam durante as carona que ele me dava de volta pra Nikiti. Confesso que a princípio, foi difícil obter um progresso imediato nos meus estudos. Isto porque, mais tarde fui notar que a cabeça de um ilustrador que não está acostumado a lidar com o universo dos cartoons, na maioria das vezes raciocina bem diferente que a de um animador (de essência cartunista). Nada contra, afinal, são visões diferentes sobre ilustrar. Acho que isso dá uma boa discussão, mas eu que não quero começar...
A aquarela em questão foi um desenho que começei ainda lá no atelier...
Tá eu sei, tá muito "Disney", mas dá um desconto, eu só desenho assim quando não tenho muito saco pra bolar coisa criativa (sem querer detonar o estilo)... e confesso que tinha revisto Fantasia aqui em casa antes de desenhar. O curso acabou logo em seguida, a pintura ficou um bom tempo guardada. Depois aconteceram também tantas coisas com o passar dos meses, que acabei por perder o estímulo pela coisa... Passado um ano e meio, resolvi fechar aquela tela feita em Canson Cold Press (um bom papel para começar a adentrar mais com as técnicas) com tinta em tubinho da Winsor & Newton série cotman, alguns pincéis Kolinsky (caros pra caralho mas que valeram cada centavo) para detalhes mais precisos e outros pincéis comuns de pêlos de orelha de boi pra acabamento geral.

A fotos abaixo mostram o processo de criação do trabalho ainda na aquarela (Me desculpem pelas imagens, mas eram da câmera antiga e na época não tava com o mínimo saco de fazer "a melhor das fotos". Isso foi tirado em idos de 2005):




O resultado final da pintura foi esse a seguir :

Essa aquarelinha foi gostosa de fazer... Apesar disso, não acho que o resultado final ficou legal a ponto de ser agrupado no portifólio. Como podem ver no canto inferior esquerdo, a trama do papel ficou "biscoitada" pela má conservação. Talvez porque eu tenha esticado* mal a folha na hora de começar, havendo por conseguinte, saturação de tinta. Sendo assim, resolvi guardá-la com demais estudos já feitos, porém antes, eu digitalizei a imagem pra quem sabe testá-la no Photoshop em uma boa oportunidade. Passado um tempo, eu pedi uma ajuda do Mestre Yoda Victor, que sempre tem saco aturar esse mala-sem-alça que tanto o aluga ( e como aluguei o cara nesse treco...). A proposta era tentar mesclar as duas técnicas (artesanal e digital), procurando manter o máximo de harmonia e remetendo ao seu original. E o resultado foi bem interessante ao meu ver (vide abaixo):

Retiramos as manchas da bola de cristal e mexemos sutilmente no brilho pondo alguns efeitos e criamos uma espécie àurea emanada pelo maguinho assim como demos um trato suave no fundo na tentativa de evitar deixar um vazio desinteressante à imagem e..... foi !

Bom vamos ver se com isso eu tomo vergonha e volto a aquarelar né....


Inté + cambada!



EBA: Escola de Belas Artes da UFRJ.
SVA: School of Visual Arts (NY, EUA)
.

* Esticagem: técnica base de aquarelismo. Consiste em um rápido banho do papel em um recipiente com àgua, para depois ser posto ainda úmido sob uma prancha e colado com fitas. Após secar (ao natural ou com ajuda de um secador), o intuito é alterar a estrutura da trama existente na folha, de modo que ela não venha a ter ondulações após o uso da aquarela.





domingo, 22 de julho de 2007

A volta dos que não foram...












Antes tarde do que nunca! To voltando pra tirar o mofo dessa bodega e dar mais gás nesse blog! O foda é quando você quer inovar muito nas suas ilustras e não sabe ao certo qual o melhor tratamento pra cada trabalho em específico e fica empurrando com a barriga vários desenhos na sua gaveta. Tenho discutido com amigos sobre várias idéias que considero interessantes para o acabamento e pedido ajuda a alguns sobre como melhor aplica-los. Sei que leva um tempinho até pra quem está começando a ter mais gostinho da coisa como eu, porém isso não é desculpa para atrasar tanto assim.

Bom mas relaxem, porquê nessa semana o Mishirika volta com tudo, e espero que com menor intervalo entre as postagens. E até sexta que vem o cabeçalho desta cítrica vai finalmente ilustrar a página (ou pensam que esqueci?).

Okay, vamos ao que interessa e começar a por a coisa em dia:

MISHIRIKA EM CENA : Transformers

















Marmanjos barbudos e estressados de seus quase 30 como eu, ouçam o que vos digo: Assistam Transformers, relaxem essas carcaças e voltem a ser criança em 120 min de pura SESSÃO DA TARDE!!!

Tio Spielberg não é besta. Contrariando a idéia de muitos estúdios que não apostam suas fichas em seriados infantis já obsoletos por considerá-los um tiro no pé, o barbudo de boné enxerga simplesmente o óbvio: A gurizada que assistiu série dos robôs da Hasbro* 20 anos atrás, hoje está bem grandinha e com bala na agulha não só pra assistir, como também comprar qualquer produto derivado deste. E junto dessa galera, um reforço extra: seus filhos.

Bastou apenas fazer uma propaganda bem simples e direta pra que ela se repercutisse em efeito cascata assim como o flagra dos assessores do Lula em relação ao acidente da TAM, para então lotar as salas do mundo todo em pouquíssimo tempo.

Mas pra que tudo isso se tornasse realmente viável, a Dreamworks acertou em cheio ao dar as chaves da casa para que Michael Bay (perito em blockbusters que envolva combates bélicos) desse o tom certo ao filme.

Os filmes mais recentes de sua carreira, como Pearl Harbor e Armageddon (mesmo ambos sendo um bom saco de bosta), mostram que o cara opta por não filmar sempre dentro de sets, abusando de ambientes bem espaçosos como também tem ótimos contatos dentro das Forças Armadas norte-americanas, o que garantiu cenas de combates frenéticos dando um gostinho a mais no bom e velho arranca-rabo entre Autobots e Decepticons. Fazia tempo que não via tanta parafernália militar dando as caras na telona.Resumindo: Michael Bay dessa vez não tentou ser sério e o resultado foi ótimo!

Apesar de ter sempre um zé roela fã da série que reclame da caracterização dos personagens, como o fato do Bumblebee ter virado um puta GM Camaro ao invés de um fusquinha amarelo (no original) ,o filme no geral faz jus a história.

Basicamente a película conta a história de uma raça de aliens não-orgânicos que travam uma batalha milenar cujo o embate final será aqui na Terra. Besta não? Mas assim que é bom !

E com vocês os Transformers:

Autobots (mocinhos): Optimus Prime (conhecido pela galera aqui como Líder Optimus), Bumblebee (o mais carismático),Ratchet, Ironhide e Jazz (que passou do clássico roqueiro headbanger a Snoop Dog como perfil básico...fazer o que...) ainda transmitem a essência dos heróis metálicos.

O mesmo vale para os vilões Decepticons liderados pelo tirânico Megatron, mesmo que este ao passar dos anos, tenha sofrido várias versões robóticas.

Starscream continua com o ar de verme traiçoeiro típico da série, e os demais inimigos como Bonecrusher, Scorponok, Frenzy, Barricade e o hilário robozinho Blackout, não deixam a desejar de forma alguma!

Shia LeBouf interpeta o protagonista Sam Witwicky, simplesmente dá um show na tela, dando uma idéia muito interessante a respeito desta personagem que não era lá grandes coisas no original. O cara praticamente é uma mistura de Kevin Spacey com John Cussack (saca só os cornos dele no filme).

E pra alegria dos cuecas... Megan Fox ou Mega Foxy ,a "irmã" mais gostosa da Jennifer Connely, interpreta a popular Mikaela (personagem inventada para o filme), pede pra que se leve um babador como acessório básico.
Puta merda , aquela barriguinha é simplesmente hipnótica. Fora o resto dela né hehehehe

Resumindo cambada: Transformers é fodaralho pra cadinho por três motivos básicos: Roteiro simples e bem amarradinho, humor bem dosado e muita sucata com óleo voando pelos ares!

Afinal tu espera o que de um filme com um bando de robôs que viram um monte de treco, mané?!!

Autobots! Transform and Roll out !!!


(* Hasbro: empresa de brinquedos norte-americana que detém a patente da série. No Brasil os bonecos Transformers eram vendidos sob a licença da Cia. Estrela na déc. de 80. )